Portal 2 - Preview

Por KAKÁ Em 07:16 0 comentários

Não é um exagero dizer que o gênero FPS (First Person Shooter ou tiro em primeira pessoa, numa tradução livre) já foi explorado exaustivamente. Afinal, quantos jogos de guerra e tiroteio utilizam essa perspectiva? É quase impossível contar. Infelizmente, muitos deles não trazem muitas inovações, sendo meras cópias de outros títulos mais consolidados.

Mas existem sim alguns jogos inovadores em que a perspectiva é a mesma dos FPS. Quer alguns exemplos? Mirror's Edge, da DiCE, fez o jogador se sentir como uma lenda do Parkour enquanto explorava arranha-céus gigantescos e fugia incessantemente.

Entretanto, quem realmente surpreendeu foi Portal. Em 2007, a Valve lançava um pacote conhecido como The Orange Box. Nele, tínhamos dois títulos extremamente esperados pelos jogadores: Half-Life 2: Episode 2 e Team Fortress 2. De quebra, o jogador ainda levava pra casa um jogo esquisito e, até então, totalmente desconhecido.

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O fato é que o terceiro título é considerado por muitos como o mais interessante do pacote. Logo, Portal se tornou referência quando o assunto é FPS sem tiroteios — por mais contraditória que essa afirmação possa parecer. Em vez dos tradicionais rifles altamente poderosos, o jogador empunhava uma “arma” capaz de gerar dois portais: um de entrada e outro de saída. Alie a mecânica a puzzles inteligentíssimos e a um excelente bom humor e o resultado é Portal.

É claro que após toda a repercussão, a Valve não poderia deixar os fãs na mão. Sendo assim, em 2010, a companhia anuncia a sequência do título. Intitulada apenas Portal 2, a próxima iteração promete muitas novidades, como uma campanha maior, mais atenção à história, novos personagens e até mesmo um modo cooperativo. Recentemente, surgiram mais detalhes sobre o game e você confere tudo abaixo.

A tecnologia contra a natureza
Bem, por incrível que pareça, Portal 2 também toma como pano de fundo a Aperture Science Facility, que também era o local do primeiro jogo. Quem já terminou o primeiro game pode até achar isso estranho (não iremos mandar nenhum spoiler), mas instalação está lá.

Entretanto, em vez de um ambiente clean, a Aperture Science Facility de Portal 2 se apresenta como um local totalmente destruído e dominado pelas forças da natureza. E tudo indica que a exploração da instalação será muito maior, já que a própria Valve comentou que a campanha do game será quase três vezes maior que a primeira. Até mesmo o modo cooperativo terá mais tempo de jogo em relação ao primeiro game, com o dobro de jogatina.

O melhor de tudo é que, agora, teremos mais brinquedos para auxiliar durante os quebra-cabeças. O jogador conta com plataformas de salto, pontes de luz e até mesmo tintas que podem tornar uma superfície elástica.



Uma curiosidade: a inspiração para o primeiro Portal veio de Narbacular Drop, um jogo independente que venceu o concurso DigiPen em 2005 e a equipe responsável pelo desenvolvimento foi contratada pela Valve.
Agora, a mesma história se repete. Um dos novos recursos de Portal — a possibilidade de usar tintas para tornar uma parede elástica — veio do jogo Tag: The Power of Paint, que venceu a DigiPen em 2009. Mais uma vez, a equipe responsável pelo jogo independente agora faz parte da dona da série Half-Life.

Mantendo a classe
Quanto à trama, Portal 2 coloca o jogador na pele de um sobrevivente que acorda em um dos quartos da poderosa Aperture Science Facility. Em pouco tempo, o protagonista descobre que está sozinho em uma instalação que, agora, se encontra totalmente abandonada e deteriorada, dominada por grama, trepadeiras e árvores.

A lendária GlaDOS, a inteligência artificial do primeiro jogo, é apenas uma das vozes que você ouvirá no game. Além de pássaros, grilos e uma trilha sonora totalmente cabível à atmosfera, o jogador também escuta uma voz masculina em uma gravação.




Essa voz o acompanha durante o início do game, mostrando como abrir as primeiras portas e trazendo algumas indicações sobre os princípios básicos. Falando nisso, o ritmo inicial de Portal 2 promete ser bem semelhante ao do primeiro game, introduzindo o jogador lentamente às mecânicas.

Para manter o jogador concentrado durante os quebra-cabeças, a Valve decidiu fazer com que nenhum personagem fale enquanto você resolve um desafio. Com isso, existem pouquíssimas distrações quando o assunto é aniquilar um puzzle, algo que deve facilitar bastante sua vida durante aqueles pulos arriscados. Fora dos quebra-cabeças, contudo, as vozes não param.

Um dos companheiros do jogador é Wheatley, um robô esférico dublado por Stephen Merchant, roteirista da série The Office. A atuação de Merchant promete ser fenomenal, com um humor que acompanha toda a atmosfera do game e certamente será bem-vindo pelos fãs.

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Seus companheiros apenas querem ajudá-lo a completar o principal objetivo do game: escapar da Aperture Science Facility. O grande problema é que agora temos mais reviravoltas e puzzles ainda mais complexos. Mas bom seria se todos os jogos fossem problemáticos como Portal. A aventura se inicia no dia 18 de abril de 2011, nas plataformas PC, PlayStation 3 e Xbox 360.