Eu gosto de games. Eu gosto de pickups. Eu gosto de DJ Shadow, de Beastie Boys, Public Enemy, the Scratch Perverts… E mesmo assim eu já achava que DJ Hero era uma ideia estúpida 10 segundos depois de ele ter sido anunciado.
A mistura de hip-hop, dance e música eletrônica enfraquecia o foco da série, enquanto “atacar de DJ” em um sistema com pontuações e “game over” deixava tudo um tanto ridículo. Talvez por isso a série não tenha vendido tão bem. E é assim que pensa o chefe da Activision, Bobby Kotick.
“… Devíamos ter dito: ‘quantas pessoas realmente querem bancar o DJ?’”, disse Kotick em entrevista à Forbes. “E dessas pessoas, quantas querem fazer isso no contexto de um jogo em que você ganha pontos, em vez de apenas comprar os equipamentos certos, ligar em seu Macintosh e realmente se tornar um DJ? Acontece que esse é um mercado muito pequeno.”
Kotick vai adiante e coloca parte da culpa pela morte de Guitar Hero nas costas de DJ Hero, dizendo que “ao buscar essa nova direção com DJ Hero, acho que abandonamos um pouco da inovação que era necessária em Guitar Hero.”
Kotick pode não ter abordado todas as razões para o declínio nas vendas de jogos musicais – o fato de que havia muitos lançamentos num curto espaço de tempo foi o principal catalisador – mas confessar seus erros em uma entrevista pública é uma atitude um tanto rara entre os executivos de games. Não que isso vá melhorar muito a imagem de vilão que Kotick criou com sua gestão da Activision, mas é um começo.